Diverticulite e diverticulose, Diferenças, causas e sintomas

Apesar de correlacionadas, diverticulose e diverticulite são distúrbios distintos. Enquanto uma é apenas uma alteração da parede intestinal, outra é uma doença.

É comum, ao realizar exames de imagem no aparelho digestivo, encontrar pequenas bolsas na parede intestinal. A essas alterações dá-se o nome de divertículos.

Os divertículos podem se formar com o passar dos anos em diferentes áreas do trato gastrintestinal, embora sejam mais frequentes no cólon (intestino grosso).

Bianca Enricone -Diverticulite e Diverticulose, Diferenças, Causas e Sintomas- Detox Kriyá - Foto Divulgação — Bianca Enricone -Diverticulite e Diverticulose, Diferenças, Causas e Sintomas- Detox Kriyá – Foto Divulgação

O que é a Diverticulose?

A diverticulose nada mais é do que a presença de diversos divertículos no intestino. Acredita-se que a partir dos 70 anos de idade, sete em cada dez pessoas terão diverticulose.

Também chamada de Doença Diverticular do Cólon, a diverticulose não apresenta grandes sintomas. Apesar de geralmente ser inofensiva, eventualmente o divertículo pode inflamar ou infeccionar.

Isso ocorre devido a restos de fezes retidos no divertículo e proliferação de bactérias nessas bolsas. Quando o divertículo inflama, o quadro evolui para a chamada diverticulite, que, por consequência, pode iniciar repentinamente e sem qualquer aviso.

Sendo assim, a diverticulite nada mais é que uma doença inflamatória proveniente da complicação da diverticulose. Cerca de 10 a 25% dos portadores de diverticulose terão diverticulite.

O que causa os Divertículos?

Não se sabe o mecanismo exato de formação dos divertículos. Acredita-se que a idade seja um fator, visto que essa condição é comum em pessoas com mais de 50 anos.

Ainda mais que com o processo natural do envelhecimento, a musculatura do cólon perde a elasticidade e os divertículos podem se formar.

Já falamos em outros posts dos males da má alimentação e o quanto ela pré-dispõe ao aparecimento de diversas doenças. Aliás, a diverticulose é uma delas e parece ser consequência de uma dieta pobre em fibras.

Sabe-se que a prevalência da Diverticulose é maior em países em que o consumo de fibras é pequeno, enquanto em tribos africanas que tem uma dieta com alto teor de fibras, o desenvolvimento de divertículos é praticamente inexistente.

O consumo de fibras melhora o trânsito intestinal, a absorção de nutrientes e regula a absorção de gorduras.

Uma dieta pobre em fibras faz com que as fezes fiquem menos volumosas e endurecidas, pois retém menos água no bolo fecal. Com isso, o intestino precisa fazer mais força para empurrá-las, o que aumenta a pressão dentro do cólon.

Esse aumento da pressão força e dilata o interior da parede do cólon e faz com que pontos menos resistentes ao longo do percurso se projetem externamente, formando os divertículos.

Porém, pacientes que já apresentam divertículos devem tomar cuidado com fibras de difícil digestão, pois estas poderiam ficar presas nos divertículos e inflamar. Contudo, falaremos mais sobre isso adiante e da dieta para pacientes com diverticulite.

Causas da diverticulose:

Envelhecimento
Dieta pobre em fibras
Aumento da pressão no interior do cólon

Os principais sintomas da Diverticulose e Diverticulite

A presença de divertículos no intestino grosso geralmente é assintomática, sendo assim somente diagnosticada quando o paciente passa por um eventual exame de imagem do trato gastrointestinal.

Alguns pacientes com diverticulose podem apresentar sintomas inespecíficos como, por exemplo, desconforto abdominal e alterações dos hábitos intestinais. Contudo, esses sintomas são comuns a outras doenças intestinais, bem como a Doença Celíaca, Síndrome do Cólon Irritável e Colite Ulcerativa, entre outras.

Por isso, essas queixas por si só não confirmam que a pessoa tem ou não diverticulose.

A diverticulose pode permanecer sem sintomas por toda a vida, mas, como vimos anteriormente, o divertículo pode inflamar evoluindo para casos de diverticulite aguda.

Os sintomas da diverticulite dependem da gravidade do caso, mas o mais comum a dor abdominal. Essa dor se localiza logo abaixo do umbigo e se desloca para a região lateral inferior esquerda do abdômen.

Outros sintomas incluem constipação ou diarreia, sangue nas fezes, febre, náusea e vômito.

Complicações da Diverticulite

Casos de diverticulite devem ser acompanhados, já que em alguns casos, além da dor, os divertículos inflamados podem se romper.

O rompimento ocasionará uma peritonite, ou seja, a infecção da cavidade abdominal. Nesses casos, a cirurgia se faz necessária para evitar danos maiores como a infecção generalizada.

Além da peritonite já citada, outra complicação grave é a hemorragia. Esta ocorre devido ao enfraquecimento das paredes dos vasos sanguíneos nas proximidades do divertículo inflamado.

A presença de sangue vivo nas fezes e fraqueza são sintomas de hemorragia. Saiba mais sobre a Diverticulite em:
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/diverticulos-colo-diverticulite-aguda.aspx

e http://www.fbg.org.br/Publicacoes/Doencas/detalhe/10

Tratamento da Diverticulose e da Diverticulite

Como vimos, uma dieta pobre em fibras predispõe o aparecimento de divertículos. As fibras retêm água no intestino, fazendo com que as fezes fiquem mais pastosas, melhorando o transito intestinal, o que consequentemente diminui a pressão dentro do cólon.

No caso da diverticulite, o tratamento é focado no controle da infecção e inflamação, podendo ser necessário o uso de medicamentos. Além disso, é necessário manter o intestino grosso em repouso para prevenir e minimizar as complicações. Nesse caso, recomenda-se uma dieta líquida e repouso.

O comer e o que não comer na Diverticulite

A alimentação pode afetar mais a nossa saúde do que imaginamos. Assim como más escolhas alimentares trazem prejuízos ao organismo, escolhas saudáveis funcionam como verdadeiros remédios.

No tratamento contra a diverticulite não é diferente. Escolhas alimentares corretas auxiliam na diminuição da inflamação e na prevenção de novos casos. Enquanto outros alimentos podem aumentar a inflamação e agravar os quadros por se alojarem nos divertículos.

Não apenas deve-se evitar alimentos duros ou difíceis de digerir, como também fibras. Sim, por mais que o consumo de fibras previna da diverticulose, em casos de diverticulite aguda as fibras e sementes não devem ser consumidas.

Nesse caso, o melhor é deixar o intestino em repouso, uma vez que está inflamado. Grãos e sementes, como chia, linhaça, até mesmo algumas verduras e frutas que possam de alguma forma ficar presos e inflamarem o divertículo devem ser evitadas.

Em síntese, durante a fase aguda da diverticulite deve-se seguir uma dieta com poucas fibras e apenas alimentos de fácil digestão.

Alimentos permitidos na Diverticulite:

Hortaliças como: Espinafre, Agrião, Acelga, Alface, Brócolis, Repolho, Cenoura, Berinjela, Cebola
Algumas frutas como: maça, laranja, pera, ameixa, banana
Cereais integrais
Salmão, Frango
Legumes cozidos para amolecer as fibras

Alimentos que devem ser evitados na Diverticulite:

Grãos e sementes em geral como: pipoca, semente de girassol, chia, linhaça, gergelim.
Carnes vermelhas e gordurosas
Embutidos
Alimentos ricos em açúcares
Frutas e vegetais crus
Cafeína em excesso
Bebidas alcoólica

Previna-se! Cuide da saúde do seu intestino!

A saúde do intestino é essencial para a saúde integral, por isso, ao mantê-lo saudável e limpo, nosso organismo estará fortalecido para combater as doenças.

Mantenha uma dieta saudável, com alto teor de fibras, que facilitam o transito intestinal. Além disso, evite o consumo de alimentos industrializados, carboidratos e todos os chamados falsos alimentos saudáveis.

Beba bastante água, pratique atividade física e ajude seu corpo a eliminar as toxinas que em excesso prejudicam o funcionamento de todo o organismo.

Para isso, o Programa Detox Kriyá está aqui para lhe ajudar. O Detox Kriyá é certificado pela ANVISA, não causa nenhum tipo de desconforto ou dor e não prejudica a flora intestinal.

O Programa Detox Kryrá recupera a saúde do intestino, fortalece e restabelece o bom funcionamento de todo o organismo. Tratando e prevenindo tanto as doenças intestinais como no fígado, vesícula, rins, pele e sangue.