O que é Dieta Paleolítica? De volta a caverna?

Uma dieta capaz de eliminar de vez os quilos a mais sem sacrifício, sem passar fome e que ainda promove a saúde. Parece sonho, né? Mas não é. Essa é a dieta paleolítica.

Longe da ideia de dietas malucas que vemos por aí, a Orientação da Alimentação Paleolítica ganhou força entre nutricionistas, médicos, nutrólogos, endocrinologistas e seguidores de uma alimentação saudável justamente por trazer resultados reais aliado ao aumento da qualidade de vida.

Conforme passamos a entender como nosso corpo funciona e o como os diversos grupos alimentares agem no nosso organismo, podemos fazer escolhas mais saudáveis. Exemplo disso é a pirâmide alimentar. Ela foi se modificando ao longo dos anos conforme mais estudos foram feitos.

Bianca Enricone - O que é Dieta Paleolítica - Detox Kriyá - Foto Divulgação — Bianca Enricone – O que é Dieta Paleolítica – Detox Kriyá – Foto Divulgação

Outro exemplo que já falamos aqui são o dos falsos alimentos saudáveis, alimentos que até então eram ditos como benéficos, mas que na realidade fazem mal a saúde.

Aliás, o resultado de melhores escolhas alimentares é o ganho de saúde, emagrecimento e prevenção de diversas doenças que afetam a população como obesidade, diabetes, síndrome do intestino preso ou irritado, câncer, doenças cardiovasculares, entre outras.

Já falamos um pouco sobre a dieta paleolítica no nosso post sobre alimentação saudável. Agora vamos detalhar mais dessa dieta, ou melhor, estilo de vida, que vem ganhando força e reconquistando milhares de pessoas.

Falo reconquistando porque a dieta paleolítica faz referência aos alimentos saudáveis que nossos antepassados comiam lá na Era Paleolítica. Enfim, antes da revolução agrícola, onde não existiam máquinas, nem alimentos industrializados e tratados com hormônio e agrotóxicos.

No que se baseia a Dieta Paleo?

Aqui temos que voltar no tempo, lá para o período Paleolítico, também chamado de Idade da Pedra há cerca de 2,5 milhões de anos. Nossos ancestrais eram altos, fortes e ágeis. Se exercitavam todo dia, pois precisavam sair em busca de alimento e assim, obtinham sua comida da caça, pesca e da colheita de frutas e sementes.

Depois da Revolução Neolítica, com o início da agricultura e principalmente com a revolução industrial e os alimentos industrializados, o modo com que passamos a nos alimentar infelizmente mudou muito.

Desta forma começamos então a enfrentar dificuldades de saúde e uma variedade de doenças surgiram. Alguns pesquisadores foram buscar o porquê disso e resgatar os modos alimentícios dos nossos ancestrais.

Segundo eles, nosso organismo não se adaptou completamente para a digestão desses novos alimentos que surgiram com a vida moderna. Ou seja, não estamos preparados para metabolizar tantos grãos e carboidratos refinados.

Essa mudança na alimentação levou ao aparecimento dos problemas de saúde atuais tais como as doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão, diabetes mellitus tipo 2, doenças autoimunes, fibromialgia, osteoporose, esteatose hepática, câncer, entre outras.

A Dieta Paleo se tornou popular na década de 1970 com o médico gastroenterologista Walter L. Voegtlin e mais recentemente, com o dr. Loren Cordain, autor do livro A Dieta do Paleolítico (The Paleo Diet).

No Brasil, a principal referência é o Dr. José Carlos Souto, médico e autor do blog Low Carb – Paleo, com diversas matérias e estudos que você pode conferir no link a seguir: http://www.lowcarb-paleo.com.br/

Orientação da Alimentação Paleolítica

Em princípio a Dieta Paleolítica defende que deveríamos voltar a nos alimentar da maneira que estamos geneticamente preparados, ou seja, como nossos ancestrais do período paleolítico.

Essa alimentação saudável gera resultados incríveis na melhoria da saúde, qualidade de vida e emagrecimento duradouro, por exemplo.

Contudo a dieta paleo não traz consigo muitas regras. Nesse sentido, você pode comer basicamente tudo o os nossos ancestrais obtinham da caça e coleta da natureza. Porém, adaptando com o que pode ser encontrado nos supermercados e feiras. Bem como cozinhar, temperar e transformar de maneira natural os alimentos.

A ideia principal da Dieta Paleolítica é eliminar da sua alimentação o máximo possível de produtos industrializados e processados, grãos refinados e falsos alimentos saudáveis.

Alimentos a serem excluídos da dieta:

Pães e glúten
Açúcar
Grãos
Leite
Produtos industrializados

Além de eliminar ou reduzir o consumo desses grupos, devemos incluir mais vegetais frescos, sementes, carnes magras e peixes, produtos que nossos antepassados podiam caçar ou coletar na natureza.

Alimentos a serem incluídos na dieta:

Carnes
Ovos
Vegetais
Frutas
Sementes
Nozes e castanhas

Desse modo, a dieta Paleolítica não é uma dieta da moda, ou que faz a pessoa passar fome. Ao contrário, com ela você se sente saciado e com energia. De fato, estas são consequências de suas escolhas alimentares.

Na orientação da dieta paleolítica, você pode e deve comer quando estiver com fome e sem contar calorias, apenas com escolhas saudáveis e alimentos reais, os verdadeiros alimentos saudáveis. Pois de nada adianta contar calorias e consumir alimentos pobres em nutrientes, que vão prejudicar sua saúde, diminuir sua energia e disposição. Aposte em nutrição.

A saber os nutrientes são divididos em macro e micronutrientes. Os primeiros são os nutrientes que nosso organismo precisa em maiores quantidades, são eles as proteínas, gorduras e carboidratos. Já os micronutrientes são as vitaminas e minerais. Embora importantes, necessitamos em menores quantidades, porém, a falta pode acarretar em doenças.

Atualmente a suplementação é uma necessidade em virtude dos alimentos estarem pobres destes micronutrientes. Conheça os suplementos micelizados que garantem 99% de absorção sem sobrecarga de rins ou fígado. AQUI

Em resumo, o cardápio da dieta paleo inclui uma porção de proteínas, outra de vegetais e tubérculos, além de acrescentar alguma gordura boa como azeite de oliva, óleo de macadâmia, óleo de coco, ou ainda castanhas, nozes, abacate.

Confira algumas ideias e receitas Paleo: AQUI

Dieta Paleolítica e o low carb

Talvez você deve ter percebido que na orientação da dieta paleolítica não há muitas fontes de carboidratos. Mas vale lembrar que ela não restringe os carboidratos, apenas diminui a ingestão, que quando é feita, vem de fontes naturais como frutas e tubérculos.

Aliás, o excesso de carboidratos que é o grande vilão da dieta e da saúde. De modo que o aumento do consumo de açúcares é um dos responsáveis pela epidemia de obesidade, maiores casos doenças cardiovasculares, diabetes, esteatose hepática, entre outras.

O baixo consumo de carboidrato na dieta paleo é vantajoso para a prevenção e combate dessas doenças e também no emagrecimento.

Pois o excesso de carboidrato é armazenado na forma de gordura (falamos disso no post sobre esteatose hepática). Portanto, a dieta paleo promove o emagrecimento porque reduzimos o consumo de carboidratos.

Acima de tudo que o carboidrato faz mal, você já sabe. Sabe também que a glicose proveniente desses carboidratos é usada como energia. Mas, se estamos numa dieta low carb, ou seja, com poucos carboidratos, como nosso organismo obtém energia?

Simples. Exemplificando, as duas fontes principais de obtenção de energia do nosso organismo são a glicose e ácidos graxos (gorduras). Logo, quando diminuímos a ingestão de carboidratos, diminuímos também a glicose disponível. Esta é usada somente para a produção de energia e não é armazenada na forma de gordura, pois não está em excesso.

Por exemplo quando há pouca glicose disponível, nosso organismo utiliza a gordura, tanto proveniente da dieta quanto a estocada no corpo, para produzir energia. Desta forma essa gordura é convertida, pelo fígado, em corpos cetônicos.

A cetose, ou seja, o estado em que o corpo está sem glicose e a energia é proveniente somente da oxidação de gorduras, não é necessária para que haja perda de peso. Dietas low carb como a paleolítica, não são dietas cetogênicas. Veja o que o Dr. José Carlos Souto diz sobre isso: http://www.lowcarb-paleo.com.br/2017/10/cetose.html

Neste sentido, quando reduzimos os carboidratos na dieta, automaticamente aumentamos a participação da gordura como fonte de energia, sem precisar estar em completo estado de cetose.

No livro Primal Blueprint, Mark Sisson elaborou um gráfico da curva de carboidratos que relaciona a quantidade de carboidratos consumidos com a queima ou armazenamento de gordura. Dessa maneira, mostra que a quantidade de carboidratos que se consome é determinante para o emagrecimento.

Mais sobre a curva de carboidratos você pode ler aqui: http://www.vidalowcarb.com.br/a-curva-dos-carboidratos-da-dieta-paleo/

Na dieta Paleolítica, o consumo de carboidratos é intuitivo, não sendo necessário contar, uma vez que os carboidratos consumidos são poucos e saudáveis, ficando na faixa do emagrecimento.

Se você não tem certeza se o que está comento está certo ou não, e não quer se preocupar em como montar as refeições, o e-book Receitas Paleolíticas Sr. Tanquinho te ajuda a comer corretamente e emagrecer com saúde.

Eu sou Bianca Enricone, agradeço a sua companhia até aqui e convido você a embarcar nessa jornada em busca de uma vida plena! Peço que visite o site e as redes sociais se inscreva no canal, e me ajude a divulgar e compartilhar a saúde integral.