Seu Tipo Sanguíneo Afeta a Saúde e o Torna mais Vulnerável à Doenças

Você sabia que o tipo sanguíneo afeta a saúde? Cientistas já descobriram que, dependendo do tipo de sangue, você está mais predisposto a ter certas doenças.

Ser do grupo sanguíneo A, B, AB ou O faz mais diferença em sua vida do que você imagina.

Se na hora de uma transfusão de sangue eles já eram fundamentais, estudos sugerem que os antígenos de grupos sanguíneos têm efeitos diretos na suscetibilidade a várias doenças.

Embora não se saiba exatamente como, o seu tipo sanguíneo afeta a saúde de diversas maneiras e o torna mais vulnerável a certas doenças e aumenta as chances de escapar de outras.

Uma nova pesquisa, publicada no eLife, relaciona os tipos de sangue e riscos a mais de mil doenças.

Sendo assim, seu tipo sanguíneo pode influenciar suas chances de coágulos sanguíneos nas veias, distúrbios hemorrágicos, úlceras gástricas e até de desenvolver doenças cognitivas, como o Mal de Alzheimer.

Seu tipo sanguíneo afeta a saúde por apresentar traços únicos. Sendo assim ele também tem uma afinidade com alimentos específicos.

Conhecer as vantagens e limitações do seu próprio tipo de sangue pode ajudar a monitorar mais de perto suas predisposições e evitar complicações ligadas a elas.

Os diferentes tipos sanguíneos

Os tipos sanguíneos foram descobertos em 1901 pelo imunologista e patologista austríaco Karl Landsteiner ao misturar gotas de seu sangue com a de outros colegas.

Com o experimento, ele notou que as combinações causavam, ou não, a aglutinação dos glóbulos vermelhos.  A partir daí foi desenvolvido o sistema “ABO” que conhecemos, o qual classifica o sangue das pessoas como A, B, AB ou O.

Essa classificação se dá através de proteínas específicas na superfície dos glóbulos vermelhos.

Quando existe a presença de antígenos A na superfície das hemácias, o sangue é classificado como tipo A.  Com a presença dos antígenos B, o sangue é tipo B e quando estão presentes os antígenos A e B, o sangue é tipo AB.  Já quando não existe a presença de nenhum deles, o sangue é classificado como tipo O.

Esses antígenos, quando identificados pelos anticorpos (parte do sistema de defesa natural do corpo) podem reconhecê-lo como estranho e trabalham para destruí-lo. É por isso que uma transfusão de sangue do grupo errado pode ser fatal.

O tipo sanguíneo também é determinado pelo sistema RhD, uma proteína hereditária encontrada na superfície dos glóbulos vermelhos.Se a pessoa tiver esse antígeno é classificado como fator Rh positivo. Se não tiver, é fator Rh negativo. 

Assim, pessoas com sangue Rh negativo só devem receber glóbulos vermelhos também Rh negativos. Caso contrário, seus próprios anticorpos podem reagir com os glóbulos do doador.

Como o tipo sanguíneo afeta a saúde

Estudos sobre como o tipo sanguíneo afeta a saúde e o torna mais vulnerável à doenças vem sendo feitos há mais de 50 anos .

Um dos primeiros desse tipo foi publicado em 1962 por Bronte-Stewart et al., e demonstra a relação entre o sistema ABO e a doença isquêmica do coração. 

Estudos subsequentes revelaram que essas associações estão presentes em uma variedade de doenças, com eventos tromboembólicos, hemorrágicos e doenças infecciosas.

Nesse último caso, as moléculas específicas na superfície das hemácias nos sangues A, o B e o AB favorecem que determinados parasitas se liguem e entrem nas células. É o caso do protozoário causador da malária.

Como o tipo O não possui esses pontos para fixação, oferece proteção extra diante da enfermidade. 

Por outro lado, o tipo O se mostra mais vulnerável à invasão de microorganismos que causam cólera, bem como uma predisposição maior para úlceras gástricas e tumores gastrointestinais.

Já em pessoas dos tipos A e B foram registradas maior frequência de tromboses e doenças cardiovasculares quando comparada com o grupo sanguíneo O. Isto foi observado também pelo cirurgião vascular Francisco José Osse enquanto estudava a trombose venosa na Universidade de Iowa, em 2001.

Um dia, no ambulatório onde realizava sua pesquisa, o médico se deparou com seis pacientes com o mesmo problema e, por curiosidade, perguntou a eles qual seu tipo de sangue.  Três deles eram do tipo A+. Desde então, o Dr José Osse vem anotando o tipo sanguíneo de outros pacientes com o distúrbio, e os dados mostraram que aquilo não era apenas coincidência.

O sangue A+ é naturalmente mais “viscoso” e tende a possuir índices elevados de fator VIII, uma molécula coagulante. Por isso, pessoas desse grupo estariam mais propensas a desenvolver trombos. 

Novo estudo relaciona tipos sanguíneos e doenças

Diversos cientistas sugerem que o tipo sanguíneo afeta a saúde e o torna mais vulnerável à doenças.

Um novo estudo publicado no periódico eLife confirma algumas conclusões de trabalhos anteriores e revela novas informações. 

Entre os problemas de saúde que estão relacionados com o tipo sanguíneo estão coágulos sanguíneos, hemorragias, pedra nos rins e hipertensão induzida pela gravidez.

O estudo foi conduzido por pesquisadores do Karolinska Institutet, com base nos dados de cinco milhões de pessoas em um banco de dados de doação-transfusão de sangue da Suécia.

A análise identificou 49 doenças ligadas aos tipos sanguíneos ABO e uma ligada ao RhD. 

No artigo, o grupo confirma que pessoas com sangue tipo A têm um risco maior de desenvolver trombose quando comparadas com o grupo sanguíneo O.

Enquanto que quem tem sangue tipo O apresenta maior probabilidade de sofrer distúrbios hemorrágicos.

A colelitíase, presença de pedras no interior da vesícula biliar, foi mais comum nos grupos sanguíneos A e AB em comparação com o grupo sanguíneo O. 

Já as pessoas do grupo sanguíneo B têm um risco reduzido de pedras nos rins.

O câncer de pâncreas está mais associado ao grupo sanguíneo A.

O tipo sanguíneo O, por sua vez, sofre mais com tireotoxicose, uma síndrome decorrente de níveis altos de hormônios tireoidianos.

Mulheres do grupo sanguíneo O também têm mais chances de apresentar hipertensão induzida pela gravidez.

O que se sabe até agora sobre os tipos sanguíneos e vulnerabilidade à doenças:

Tipo Sanguíneo A

  • Maior risco de tumores gástricos, infecções pelo protozoário da malária e eventos cardiovasculares;
  • Predisposição ao diabete e à depressão;
  • Sistema imunológico mais frágil;
  • Portadores mais protegidos contra cólera e o norovírus, causador de úlceras no estômago;
  • Mulheres A seriam mais férteis.

Tipo Sanguíneo B

  • Maior frequência de câncer de ovário e pâncreas e infecções pelo protozoário da malária;
  • Propensão maior à demências e esclerose múltipla.

Tipo Sanguíneo AB

  • Maior frequência de câncer de ovário e pâncreas;
  • Maior risco de pré-eclâmpsia, problemas de pele como a psoríase e anemia.

Tipo Sanguíneo O

  • Maior risco de hemorragias e hipertensão.
  • Mais lesões no sistema gástrico causado pela bactéria H. pylori;
  • Reserva ovariana menor;
  • Defesa imune mais forte para combater micróbios nocivos.

O autor do estudo, Gustaf Edgren, reconhece que, embora os resultados sejam um avanço, requer mais estudos para confirmar os resultados, identificar os mecanismos por trás do desenvolvimento das doenças e investigar novas maneiras de identificar e tratar os indivíduos com essas condições.

Dieta para tipos sanguíneos

Se o tipo sanguíneo o torna mais vulnerável a certas doenças, eles também podem servir de triagem inicial para medidas personalizadas para a promoção de saúde.

Essa hipótese fez com que o americano James D’Adamo criasse a dieta do tipo sanguíneo.

Segundo ele, cada grupo sanguíneo apresenta traços de personalidade únicos, que por sua vez, possuem uma afinidade com alimentos específicos. 

Com essa premissa, ele elaborou uma dieta detalhada para cada sangue. 

  • Sangue Tipo “O”: Precisam ingerir proteínas animais. Contudo, devem evitar grãos, laticínios e glúten.
  • Sangue Tipo “A”: Têm dificuldades para digerir proteínas de origem animal e deve evitar lactose e o excesso de grãos e gorduras ruins. Para essas pessoas, a dieta deve ser rica em vegetais.
  • Sangue Tipo “B”: Toleram dietas variadas e é o único grupo que aceita bem os derivados do leite.
  • Sangue Tipo “AB”: Necessitam de uma dieta equilibrada, contendo um pouco de tudo.

      O que você come influencia na sua genética e o seu tipo de sangue afeta a sua saúde. Está tudo interligado.

      Por isso, manter uma dieta equilibrada e o corpo livre de toxinas é capaz de aumentar a eficiência do metabolismo, melhorar o sistema imunológico e até seu estado emocional.

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      Bianca Enricone - Detox Kriyá - Foto Divulgação
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      Fonte: Bianca Enricone

      Assessora de Imprensa

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